quarta-feira, 13 de abril de 2011

Geometria da Vida (1997)

Tombam os mistérios ante o templo
Anjos sobrevoam o céu, atormentados
Ilusões no meu jardim criam
Pinturas soltas pelo espaço.

Dispersa está a paisagem indiferente
Florido o lago iluminado
Astros presos a paredes intergalácticas
Geometria da vida: sangue sagrado!

Mil coisas, vidas importantes
Portais entre túneis distantes
Levando a outro mundo
Recaindo numa existência abalada.

Atrás de um velho cais
Uma dimensão há muito destruída
Um ser especial, uma confissão:
Detalhes de outra vida.

E entre estes fatos fenomenais
Vidas tristes, esquecidas
Querendo falar para o mundo
Da geometria desta vida!

Um comentário:

  1. Lembro-me perfeitamente de quando escrevi esse poema. Tinha então 15 anos e estudava no CEFET-BA. Era uma madrugada fria, solitária... inspiradora!

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