quarta-feira, 11 de maio de 2011

Última Flor (01/05/11 –22h38min – Simões Filho)


A Juci, minha namorada
Sete dias encantados
Para uma rosa povoar o pensamento
Traduzir a imensidade
Oferecer esse momento.

Conheço pouco sua aparição
Desejo, porém, sentir mais
Essa beleza tímida
Envolta em olhos de mel.

Teu nome deveria se chamar coragem
Pois não percebe os estereótipos deste tempo
Uma era de medos e anseios fúteis
Por onde caminham solidão e sofrimento.

Já deixou o preconceito
Firme, tal qual rosa desabrochando, me abraça
Beija meus lábios, deixa-me tonto com a voz
De uma deusa que me enlaça!

Já deixou o preconceito para trás...
Uma era de medos e anseios fúteis
Cessa quando seus cabelos desafiam o vento
Inalando o ar dos nossos olhares...

Tenho tão-somente versos
Elevando-me a seu encontro
Quando a aura não brilha perto...
Última flor do meu jardim
Existo apenas para conhecer a dor
Resisto, porém, às lembranças tristes
Outrora aprisionando meu amor!

Tenho tais versos
Escritos na alma cansada
Querendo um por de sol suave
Uivando como lobo ferido na madrugada
Existindo... resistindo... sonhando
Rever no corpo a ideia da infância:
Ouvir a cada dia a voz amada...
Armando Santos

Nenhum comentário:

Postar um comentário